https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/issue/feed Organizações Rurais & Agroindustriais 2023-05-17T15:09:45-03:00 Organizações Rurais & Agroindustriais revista.dae@ufla.br Open Journal Systems <p><strong><!-- --></strong></p> <p style="text-align: justify;" align="justify">A revista <strong>Organizações Rurais &amp; Agroindustriais</strong> é uma publicação eletrônica, <strong>de acesso livre </strong>e, em breve, com trabalhos publicados em fluxo contínuo. Seu foco consiste na publicação de artigos cujo objeto de pesquisa se refere ao meio rural e ao agronegócio, os quais devem se encaixar num dos seguintes temas: Agricultura familiar, políticas públicas e desenvolvimento; Contabilidade e finanças; Economia e comércio exterior; Estudos organizacionais e associativismo; Gestão da qualidade, operações e logística; Inovação, tecnologia e empreendedorismo; Marketing e estratégia; Sistemas agroindustriais e sustentabilidade.</p> <p align="justify"> </p> https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1916 APOIO A ATORES DA CADEIA E AO SISTEMA DE RASTREABILIDADE BOVINA: ESTUDO DE CASO NO MATO GROSSO DO SUL 2022-08-03T15:16:04-03:00 Luana Gonçalves Perondi luanaperondy@gmail.com Juliana Rosa Carrijo Mauad julianacarrijo@ufgd.edu.br Marcelo Corrêa da Silva marcelo-correadasilva@hotmail.com João Augusto Rossi Borges joaoborges@ufgd.edu.br <p>Acessar os atores da cadeia de suprimentos pode ajudar a melhorar os sistemas de rastreabilidade animal no setor de carne bovina e identificar caminhos potenciais que podem beneficiar os pecuaristas. Desenvolveu-se um estudo de caso no Mato Grosso do Sul com atores que atendem ao Sistema Brasileiro de Rastreabilidade Bovina (SISBOV). O método Delphi foi usado para coletar informações em rodadas de perguntas, formuladas para especialistas em pecuária, incluindo pecuaristas<br />(Rs) e certificadores e auditores (CAs) do SISBOV. Na primeira rodada, perguntas abertas foram feitas para explorar a perspectiva dos entrevistados. A partir dessas respostas, a análise de conteúdo textual gerou uma lista de afirmações para as rodadas subsequentes. A partir da segunda rodada, as alegações foram validadas em uma escala Likert (os respondentes tiveram a oportunidade de mudar suas respostas, caso acreditassem ser necessário). Nossos resultados sugerem que a união entre os Rs parece bastante fraca e eles não têm sentimento de pertencimento à cadeia de abastecimento. Além disso, parece haver falta de informações específicas, principalmente entre os Rs, o que demanda mecanismos para reforçar, esclarecer e facilitar o fornecimento e entendimento de informações precisas. Vários caminhos possíveis são discutidos como alternativas para encorajar novos membros a aderirem ou a permanecerem comprometidos ao sistema de rastreabilidade (SISBOV) que atualmente é responsável pela exportação de carne de gado certificada para a União Europeia.</p> 2023-03-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1931 AGROINDÚSTRIAS DE CHOCOLATES FINOS E NOVAS POSSIBILIDADES DE TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA: DISCUTINDO APPCC E QUALIDADE INTRÍNSECA 2023-02-24T13:32:21-03:00 Enio Antunes Rezende earezende@uesc.br Victor do Nascimento Nogueira victornogueira74@gmail.com Felipe Ungarato Ferreira fuferreira@uesc.br Aline Patrícia Mano Araújo apmano@uesc.br Karen Emanuelly Andrade De Souza keasouza.ep@uesc.br <p>O avanço das agroindústrias produtoras de chocolates finos revela um novo momento para a Cadeia Produtiva do Cacau e Chocolate no Sul da Bahia, em que o aprimoramento da qualidade e da segurança desses alimentos torna-se imprescindível. Partindo-se do objetivo de analisar o sistema de gestão da qualidade na produção de chocolates finos em uma agroindústria na cidade de Ilhéus-BA a partir de uma proposta de elaboração de uma Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle, este trabalho utilizou a abordagem teórica de Cadeias Produtivas Agroalimentares, associada ao conceito de Segurança de Alimentos, para viabilizar a análise da sua inocuidade e sanidade nas etapas produtivas de uma fábrica de chocolates finos. A partir da técnica do estudo de caso, os dados primários foram obtidos através de entrevistas não estruturadas e observação não participante. Observou-se que a empresa estudada implementou mecanismos de registro, monitoramento e ações corretivas de perigos em atendimento em parte significativa dos itens checados. Evidenciou-se, no estudo, o atendimento ao programa de pré-requisito que avalia as BPF e a presença de mecanismos de controle dos perigos microbiológicos análogos aos abordados no plano APPCC. Dessa forma, conclui-se que o sistema de gestão da qualidade da planta agroindustrial analisada possui controles que asseguram as condições higiênico-sanitárias em níveis satisfatórios para a promoção da produção de alimentos seguros. </p> 2023-08-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1958 ECONOMIA SOLIDÁRIA E COMERCIALIZAÇÃO EM CIRCUITOS CURTOS: AGROECOLOGIA NO ASSENTAMENTO OSVALDO DE OLIVEIRA DO MST/RJ 2022-08-31T10:02:45-03:00 Gilcimar Ferreira de Carvalho Caetano gilcimardecarvalho@gmail.com Sergio Eduardo de Pinho Velho Wanderley sergio.wanderley@unigranrio.edu.br <p>O objetivo desta pesquisa é investigar como se aplica o conceito de economia solidária na organização do trabalho no assentamento Osvaldo de Oliveira, estruturado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A investigação é feita a partir do que informam os assentados(as). Com abordagem qualitativa descritiva, a construção da pesquisa deu-se a partir de observação participante durante convívio com os assentados; elaboração de caderno de campo; além de entrevistas semiestruturadas realizadas com residentes do assentamento. A interpretação do material coletado apoiou-se nas orientações de análise de conteúdo categorial. O estudo é relevante pois, para além da perspectiva dos estudos organizacionais, consiste em dar visibilidade aos pequenos agricultores — por vezes ignorados pela sociedade — que se<br />utilizam de Circuitos Curtos de Comercialização para escoar sua produção; além de contribuir para desvelar o discurso social democrata presente no espaço do assentamento, como sendo local de emancipação do trabalhador rural. Os resultados sugerem que o assentamento propõe uma organização com a práxis da economia solidária, que se caracteriza por uma comunidade gerida coletivamente. As questões de interesse do assentamento relacionadas à organização do trabalho, como por exemplo as questões pedagógicas, são discutidas em assembleias, conforme são regidos os empreendimentos de economia solidária. Como sugestão para futuras pesquisas, apontamos a necessidade de investigação acerca do impacto que o trabalho e a convivência com situações de conflito possam provocar na saúde do trabalhador rural, além do impacto na economia local e também na vida pessoal do agricultor.</p> 2023-03-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/2015 PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DO HOME OFFICE EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA COOPERATIVA 2023-05-17T15:09:45-03:00 Felipe Pinto Rios felipepintorios12@gmail.com Jaime Peixoto Stecca jaime@ufsm.br Márcia Helena dos Santos Bento marciabento@ufsm.br Angelita Freitas da Silva angelita.silva@politecnico.ufsm.br Gabriel Murad Velloso Ferreira gabriel@ufsm.br <p>O presente trabalho aborda um tema em constante evolução e que se consolidou de forma muito rápida devido à pandemia COVID-19, o home office. A pesquisa desenvolvida objetivou identificar a percepção dos colaboradores com a implementação do home office na Cooperativa Sicredi Região Centro RS/MG. Investigou-se o perfil e a percepção dos colaboradores, e os resultados foram confrontados com trabalhos de outros autores. O estudo contou com uma amostra composta por 111 respondentes, formada, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (58%). As três maiores vantagens elencadas pelos questionados foram: maior flexibilidade, evitar o deslocamento até o local de trabalho e o aumento de concentração. Por fim, a análise de dados também permitiu verificar que, na percepção dos respondentes, ocorre conflito entre vida profissional e pessoal, exigindo mais disciplina do trabalhador, devido às distrações em casa com questões da sua vida pessoal. Entre as contribuições da pesquisa, pode-se citar uma continuidade do estudo de Bridi et al. (2020) em outro contexto, além de uma análise fatorial exploratória para validar e identificar dimensões da escala utilizada.</p> 2023-08-22T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1985 ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO DOS COOPERADOS EM UMA COOPERATIVA AGROPECUÁRIA 2023-02-07T12:12:06-03:00 Celina Martinez Georges cegeorges@gmail.com Patrícia Campeão patcampeao@gmail.com <p>Dada a dupla função do cooperado, enquanto sócio e cliente (usuário), um dos desafios das cooperativas agropecuárias é<br />manter o cooperado participando tanto na sua governança quanto economicamente. Sabe-se que a participação econômica dos cooperados diminui à medida que a cooperativa cresce. A não participação dos cooperados pode levar a cooperativa a ter grandes problemas de sobrevivência em curto e longo prazo. Diante deste contexto, o objetivo deste artigo é identificar o nível de participação dos cooperados em uma cooperativa agropecuária. Para atender ao objetivo foi realizada entrevista semiestruturada com o diretor-presidente de uma cooperativa agrícola do estado de Mato Grosso do Sul e aplicados questionários com os cooperados. Foi realizada análise qualitativa descritiva dos dados obtidos da entrevista e análise estatística descritiva com os dados obtidos dos questionários. Com os resultados, identificou-se que o nível de participação dos cooperados está muito abaixo daquele almejado pela diretoria-executiva na cooperativa.</p> 2023-07-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1980 GESTÃO DE PROPRIEDADES RURAIS FAMILIARES: DIFICULDADES, DESAFIOS E SUCESSÃO 2022-11-21T09:40:57-03:00 Regina Rodigheri regina.59rodigheri@hotmail.com Denize Grzybovski denizegrzy@gmail.com Maicon Hoffman da Silva maiconhoffmann19@gmail.com <p>O objetivo do artigo foi descrever as principais dificuldades que as famílias enfrentam na gestão de suas propriedades rurais. A administração rural se caracteriza pelas funções administrativas de planejamento, organização, liderança e controle de todas as atividades que envolvem os recursos da propriedade rural. No contexto contemporâneo, a profissionalização dos produtores rurais passa por revisão de conteúdos em razão do incremento tecnológico nas diferentes atividades que impulsionam a agricultura de precisão, obrigando o produtor a desenvolver a capacidade de absorção de novas informações que podem constituir a base da identidade profissional do produtor rural. Trata-se de uma pesquisa descritiva, orientada pela estratégia do estudo de caso único, com dados analisados pelo método análise de conteúdo e a técnica análise categorial. Os resultados indicam dificuldades em romper com práticas e comportamentos herdados, em especial no que se refere à discriminação de gênero e etarismo. Os desafios estão em reconhecer as capacidades dos jovens e das mulheres na formalização da gestão e desenhar estratégias para manter os membros da nova geração da família, na perspectiva teórica do “novo rural”. Romper com práticas tradicionais de produção e de comercialização realizadas por homens passou a ser determinante para o sucesso da gestão de propriedades rurais, pois tais práticas limitam os espaços para a atuação das mulheres e para os jovens expressarem suas capacidades de absorção.</p> 2023-02-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1903 SPILLOVER DE VOLATILIDADE DIRECIONAL ENTRE COMMODITIES AGRÍCOLAS, PETRÓLEO E ÍNDICES FINANCEIROS 2022-06-08T10:03:21-03:00 Alexandra Kelly de Moraes akmoraes.am@gmail.com Paulo Sergio Ceretta ceretta.10@gmail.com <p>Este artigo utilizou a abordagem de Diebold e Yilmaz (2012) para investigar o spillover de volatilidade direcional entre os mercados de commodities agrícolas, o petróleo da West Texas Intermediary - WTI, S&amp;P 500, REITs, Treasury e ICE com base no modelo FEV/VAR juntamente com o índice spillover. Para analisar o comportamento da variável de volatilidade das variações de preço ao longo do tempo das commodities e os índices financeiros em um período de 2014 a 2021. Os resultados apresentam evidências da inexistência de uma rede conectividade de volatilidade entre as variações dos preços dos WTI e as commodities agrícolas. Índice spillover de volatilidade entre commodities-WTI e commodities-índices financeiros evidenciaram que a interação entre esses mercados, foram afetados durante o Covid-19, com repercussões positivas e negativas. Por fim, os resultados sugerem que os choques entre alguns índices e WTI, não apresentaram conexões diretas com as commodities agrícolas em períodos de curto prazo. </p> 2023-02-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1918 ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ETANOL DE 2004 A 2018: UMA ABORDAGEM DE CONSTANT MARKET SHARE 2022-05-02T13:03:06-03:00 Lucas Silva Ramos lucas_smramos@hotmail.com Madalena Maria Schlindwein madalenaschlindwein@ufgd.edu.br Roselaine Bonfim de Almeida roselainealmeida@ufgd.edu.br <p>O comércio exterior tem se tornado cada vez mais importante para as economias dos países. Numa visão realista, pode-se considerar que há uma tendência de aumento da participação do Brasil no comércio internacional de produtos do agronegócio. Ao lado de outros grandes produtores mundiais de alimentos, o Brasil apresenta boas condições relativas para expandir sua base produtiva. O país é líder mundial na produção e exportação de açúcar e é o segundo na produção e exportação de etanol, depois dos Estados Unidos. A demanda global por biocombustíveis aumentou acentuadamente desde os anos 2000 devido ao aumento dos preços do petróleo e ao impacto dos combustíveis fósseis no meio ambiente. Nesse contexto, em termos de competitividade, a pergunta que se coloca é “Quão competitivo é o Brasil na produção de biocombustíveis”, considerando não só a capacidade do biocombustível ser um importante aliado na questão ambiental, mas também uma alternativa no mercado de derivados de petróleo. Com base nesse contexto, o objetivo deste artigo foi analisar o panorama da competitividade brasileira do biocombustível, destacando o desempenho das exportações, avaliando o efeito do comércio mundial, o efeito destino das exportações e o efeito competitividade no período de 2004 a 2018, usando o método de quota de mercado constante. Os principais resultados encontrados demonstram que o biocombustível brasileiro é competitivo devido ao aumento das exportações mundiais. Apesar da competitividade apresentada, o Brasil vem perdendo participação no mercado de combustíveis nos últimos anos.</p> 2023-04-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1850 ABERTURA COMERCIAL E SEGURANÇA ALIMENTAR NA CHINA: O PAPEL DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE PROTEÍNA ANIMAL 2022-02-16T12:59:50-03:00 Matheus Vieira Machado matheushd.vieira@hotmail.com Marcelo Corrêa da Silva marcelo-correadasilva@hotmail.com Erlaine Binotto erlainebinotto@gmail.com Érika Rosendo de Sena Gandra erika.sena@gmail.com Rodrigo Garófallo Garcia rodrigogarcia@ufgd.edu.br <p>A China tornou-se o país com o maior consumo de proteína animal do mundo. A oferta média de proteína animal saltou de 27,8 g/per capita/dia em 2001 para 39,6 g/per capita/dia em 2018, um aumento de aproximadamente 12 g/per capita/dia. Posto isso, objetivou-se analisar e demonstrar de que maneira as exportações brasileiras, a partir da gradativa abertura comercial chinesa, podem ter contribuído para a melhoria dos níveis de segurança alimentar do país asiático de 2001, ano da adesão da China à Organização Mundial do Comércio, até 2018. Nessa perspectiva, buscou-se especificamente identificar o papel das exportações brasileiras de proteínas animais no aumento do indicador de oferta média de proteína animal no país asiático. Na persecução de tais objetivos, usou-se como suporte metodológico modelos econométricos de correlação e regressão para verificar tal relação. De igual modo, utilizou-se o grau de abertura comercial para correlacionar a adequação média do suprimento de energia na dieta com a prevalência de desnutrição, ambos indicadores de segurança alimentar, para examinar a relação da abertura do mercado chinês com o aumento da segurança alimentar. Foi possível concluir através das análises que a produção brasileira tem relação direta com o aumento do suprimento de proteína animal da China. Verificou-se o aumento nos números exportados após maior abertura comercial da economia asiática, sobretudo, após a adesão à Organização Mundial do Comércio. Conclui-se que políticas de abertura de mercado podem auxiliar na consolidação de cadeias de produção e exportação de alimentos e aumentar a segurança alimentar de países importadores.</p> 2023-02-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1961 IMPACTO DA COVID-19 NOS CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO E MERCADOS DAS AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES DA SERRA GAÚCHA 2022-08-22T09:44:14-03:00 Alexander Cenci alexander-cenci@agricultura.rs.gov.br Sergio Schneider schneide@ufrgs.br <p>A pandemia decorrente da Covid-19 provocou diversos rearranjos nos contextos agroalimentares por todo o planeta, desencadeando efeitos sobre o agronegócio e a alimentação, incluindo os sistemas de agricultura familiar, contexto no qual estão inseridas as agroindústrias familiares da Serra Gaúcha. Nesse sentido, o presente trabalho visa expandir o campo de estudos sobre canais de comercialização e mercados das agroindústrias familiares, analisando o impacto da Covid-19 sobre esses empreendimentos. A escolha da Serra Gaúcha como recorte geográfico do presente estudo deve-se ao fato dessa região concentrar a maior quantidade de agroindústrias familiares participantes do Programa Estadual de Agroindústrias Familiares (PEAF). A pesquisa possui como referencial teórico as tipologias de mercados da agricultura familiar (mercados de proximidade, mercados territoriais, mercados convencionais e mercados públicos/institucionais), bem como o grau de diversificação dos canais de comercialização (exclusivos, diversificados e super diversificados). O estudo foi realizado através de uma pesquisa do tipo survey, com 45 agroindústrias familiares localizadas entre os 32 municípios da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (AMENSE). Os resultados demonstram que, com a ocorrência da pandemia da Covid-19, observa-se certa estabilidade no circuito geográfico de comercialização dos produtos das agroindústrias familiares e alterações relacionadas ao principal canal de comercialização utilizado pelos estabelecimentos, incluindo a diminuição das vendas para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e em feiras municipais. Observam-se, ainda, oscilações na rentabilidade dos empreendimentos, com tendência a pequenos aumentos em estabelecimentos de menor grau de diversificação e diminuição mais significativa em estabelecimentos de canais de comercialização mais diversificados. </p> 2023-02-24T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/2002 ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE GERENCIAL PARA A PERFORMANCE ECONÔMICA NA AGRICULTURA FAMILIAR 2023-01-30T10:10:26-03:00 André Felipe Queiroz andrefelipequeiroz@hotmail.com Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo marcia.bortolocci@ufms.br Maria Claudia Mancuelho Malta mariaclaudiamalta@gmail.com Fábio Henrique Paniagua Mendieta fabio.mendieta@ifms.edu.br <p>A literatura que versa sobre o controle gerencial aplicado ao setor agrícola evidencia que diferentes fatores antecedem a forma de controle gerencial utilizada, sendo um desses fatores as ações governamentais direcionadas ao campo. A literatura internacional não apresenta consenso sobre os resultados do impacto de auxílio governamental na adoção do controle gerencial em organizações agrícolas, com pesquisadores identificando impactos positivos e outros diversos identificando impactos negativos. No Brasil, o agronegócio é fortemente influenciado por políticas governamentais. Entretanto, a relação entre práticas de controle gerencial e recebimento de auxílio governamental, na forma de fomentos, não foi investigada no âmbito agrícola brasileiro. Assim, ao verificar que as poucas evidências empíricas dessa relação, encontradas em diversos países, são conflitantes, o presente trabalho procura atender a esta lacuna. Por meio de uma análise descritiva, quantitativa, conduzida com base em uma survey com 204 agricultores familiares assentados no Centro-Oeste do Brasil, utilizando-se de modelagem de equações estruturais, o estudo mensura as inter-relações entre o recebimento de fomentos, a adoção de práticas de controle gerencial e a performance de empreendimentos ligados à agricultura familiar. Os resultados evidenciam que no Brasil a relação entre o auxílio governamental e a adoção de práticas de controle gerencial é positiva. Conclui-se, portanto, que a ampliação dos fomentos destinados ao campo impacta positivamente o aumento da performance desses produtores. </p> 2023-07-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1914 UMA REVISÃO DA LITERATURA BRASILEIRA SOBRE OS MÉTODOS DE CUSTEIO APLICADOS À PISCICULTURA NO BRASIL 2022-12-07T04:31:03-03:00 Anderson Rogério Faia Pinto anderson@life.com.br Ozias Marciliano Galvão ozias.galvao@etec.sp.gov.br <p>A demanda mundial de pescado tem crescido nos últimos anos e representa um mercado promissor para o Brasil. Entretanto, a apuração dos custos na piscicultura apresenta especificidades que requerem Métodos de Custeio na Psicultura (MCPs). É também evidende que há uma expressiva demanda por MCPs personalizados à piscicultura no Brasil. Fato é que, apesar da importância da piscicultura, nenhum artigo publicado em bases científicas nacionais fornece uma revisão de literatura sobre os MCPs. Logo, este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão da literatura brasileira sobre os MCPs. Todo o artigo se limita aos MCPs publicados em Simpósios, Congressos e Periódicos do Brasil. A metodologia fornece uma breve análise bibliométrica e uma revisão de literatura descritiva dos MCPs. As análises demostraram que os métodos de custeio mais utilizados pelos MCPs são o Custo Operacional Total (43%), seguido do Custo Total de Produção (36%), do Custeio por Absorção (14%) e do Custeio Variável (7%). Além disso, os objetivos dos MCPs são Calcular os Custos de Produção (28%), Calcular a Viabilidade Econômica (36%) e Calcular os Custos e a Viabilidade Econômica (36%). A principal contribuição deste artigo está em prover um importante referencial teórico que, acessado por estudantes, pesquisadores e piscicultores irá corroborar com os avanços dos MCPs. É o primeiro artigo a fornecer uma análise bibliométrica e revisão da literatura dos MCPs publicados nas bases científicas do Brasil. As principais sugestões para futuras pesquisas são realizar análises comparativas entre a literatura nacional e internacional e propor MCPs melhor adaptados ao Brasil. </p> 2023-07-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1954 ANALISANDO AS METODOLOGIAS DE VALORAÇÃO DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 2022-10-18T15:00:58-03:00 Gabrielli do Carmo Martinelli gabrielli_martinelli@hotmail.com Régio Márcio Toesca Gimenes regiomtoesca@gmail.com <p>Um dos desafios seculares ambientais, é a preservação e a manutenção do meio ambiente. Diante disso, atribuir valor monetário aos bens e serviços tangíveis e intangíveis promovidos por ecossistemas pode ser um mecanismo eficiente para comprovar ganhos mútuos, auxiliando na tomada de decisão. Portanto, o objetivo desse artigo é revisar sistematicamente quais metodologias têm sido utilizadas para a valoração de serviços ecossistêmicos e suas limitações. Isso se aplica especificamente: aos estudos que valoram os serviços ecossistêmicos quantitativamente, utilizando apenas métodos monetários. Para tanto, foi elaborado uma revisão sistemática, utilizando as bases de dados: Web of Science e Scopus, excluindo a literatura cinza. Os resultados revelaram que a valoração de serviços ecossistêmicos empregando métodos monetários ainda é incipiente, além disso, geralmente os estudos contém mais de uma metodologia, inclusive análise estatística. Pode-se observar que a complexidade em dar valor aos serviços depende de um conjunto de métricas, devido sua complexidade. A partir da elaboração desse estudo, espera-se que os leitores possam de maneira suscinta conhecer as metodologias existentes sobre a temática, ainda incentive<br />a criatividade para a elaboração de novas metodologias de valoração monetária. Por fim, que esse estudo teórico contribua para enaltecer a importância sobre a temática, estendendo ao poder público como motivação para o surgimento de políticas públicas sobre o assunto.</p> 2023-04-19T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais https://www.revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1930 INVESTIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA BEM-ESTAR ANIMAL EM BOVINO DE RECRIA-ENGORDA A PASTO E CONFINADO 2023-04-20T08:49:21-03:00 Adriana Cioato Ferrazza ferrazzaadriana@gmail.com Givanildo Borsato Batista givanildobatista@ymail.com <p>O bem-estar animal tem o propósito de determinar as melhores práticas de manejo, com respeito às necessidades naturais do animal, e a certificação para bem-estar animal é uma forma de comunicar ao consumidor com credibilidade, consequentemente, agregar valor ao produto, associado a Willingness-to-pay, que consiste na disposição do consumidor a pagar um diferencial, além de atender às metas de sustentabilidade. A transição para o sistema de bem-estar animal envolve as adequações de estrutura da propriedade e alterações no manejo consonantemente associadas a investimentos financeiros. Os objetivos específicos deste trabalho são: (i) identificar as adaptações dos sistemas produtivos de bovino recria-engorda a pasto e confinado para obter a certificação de bem-estar animal no modelo cinco domínios e (ii) quantificar os investimentos financeiros necessários para a adaptação dos sistemas de produção. Utilizou-se o método de estudo de caso exploratório e descritivo, com estratégias de pesquisa de campo, observação qualitativa e análise documental. Os investimentos das adequações foram classificados pelo método custeio por observação proporcional a cada animal produzido. Como resultado deste estudo de caso, no manejo a pasto, cada bovino certificado com bem-estar animal tem um investimento incremental de 4,16%, sendo os investimentos mais altos decorrentes da mão de obra e encargos sociais. Para o confinamento, o investimento incremental foi estimado em 9,48% por bovino e decorrente das adaptações da infraestrutura. A dimensão dos investimentos permite ao agricultor avaliar a possibilidade de explorar um nicho de mercado diferenciado.</p> 2023-07-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Organizações Rurais & Agroindustriais