Sobre a Revista

Em janeiro de 1989, surgiu com o auxílio financeiro da AGROCERES a publicação Cadernos de Administração Rural. Naquela época, a RAE, RAP e RAUSP eram praticamente os únicos periódicos brasileiros da área de Administração. Ainda que existisse a Revista da SOBER, focada na publicação de artigos de Economia e Sociologia Rural, o espaço para trabalhos correlatos na perspectiva da Administração era restrito.

Em 1988, havia apenas dois programas de pós-graduação em Administração Rural no país, filiados à ANPAD: o da ESAL (hoje UFLA) e o da UFRPE. No entanto, vários programas de pós-graduação começavam a abrigar estudos ligados à administração rural. Portanto, com os Cadernos, buscava-se criar uma oportunidade para essa linha de pesquisa, atraindo artigos de todos os programas de pós-graduação em administração e áreas afins do país que tivessem sintonia com a gestão pública e privada das organizações ligadas, direta e indiretamente, ao meio rural. Ao longo da década de 1990, o escopo da Administração Rural foi ampliado. Surgiram o PENSA (Programa de Estudos no Sistema Agroindustrial) e a temática do agronegócio; criou-se a ABAR (Associação Brasileira de Administração Rural) e, posteriormente, o CEPAN (Programa de Pós-Graduação em Agronegócios) da UFRGS.

Em 1993, a ANPAD abriu espaço para uma área temática de "Administração Rural e Agroindustrial", evidenciando o crescimento do número de pesquisadores ancorados em programas de pós-graduação de administração de vários centros no país. Esta área permaneceu ativa até 1997, quando, na visão da ANPAD, poderia ser substituída por outras. Isso era um movimento natural no âmbito da ANPAD e dos ENANPADs. Se olharmos o histórico do evento, muitas áreas surgiram e depois foram substituídas e englobadas por outras. No caso específico, considerou-se que o tema do agronegócio podia ser abordado na maioria das demais áreas, seja RH, finanças, marketing, organizações, entre outras.

A partir de 2000, com a mudança de foco do Programa de Pós-Graduação em Administração Rural da UFLA para Administração em geral, propôs-se um nome que englobasse tanto o termo Rural quanto o termo Organizações: "Organizações Rurais & Agroindustriais: revista de administração da UFLA". Assim, neste período, os Cadernos de Administração Rural deram lugar a uma nova revista que pudesse refletir as mudanças do PPGA da UFLA, abrigando artigos tanto sobre as temáticas do rural e do agroindustrial, como também dos demais temas vinculados às áreas do ENANPAD. A partir de 2005, a Organizações Rurais & Agroindustriais passou a ser uma publicação quadrimestral, com 30 (trinta) artigos/ano, em sua maioria inéditos, com possibilidade de submissão e publicação nos idiomas Português, Inglês, e Espanhol.

Entre tantos periódicos generalistas em Administração, a OR&A se posiciona como o único do país a privilegiar questões sobre as unidades produtivas rurais e as organizações públicas e privadas que, direta e indiretamente, estão ligadas ao ambiente rural e do sistema agroindustrial. Embora sua linha editorial reflita as raízes da UFLA e os valores que a tornaram reconhecida nacionalmente pela sua excelência em Ciências Agrárias, pode-se dizer que reflete, também, o desenvolvimento tecnológico e organizacional das atividades produtivas rurais, agroindustriais e sua rede de relações em nosso país.

Em junho de 2007, aliando história, consistência editorial e melhorias contínuas, a revista Organizações Rurais & Agroindustriais passou a ser classificada como Nacional A pelo sistema Qualis/CAPES, reenquadrada em 2009 como B2 pelo novo sistema de classificação. Em 2011, em mais um passo importante no seu desenvolvimento, a revista adotou o sistema eletrônico de submissões e passou a ser editada somente na forma online.

Em 2012 a revista foi classificada como B1 pelo Qualis/Capes e, na revisão feita em 2013, a OR&A voltou a ser classificada como B2, sob a justificativa de necessidade de internacionalização. Cabe destacar que, no ano de 2014, a revista passou a ter editoração trimestral com, aproximadamente, 06 (seis) artigos por número.

A partir do segundo semestre de 2019, a OR&A experimentará profundas transformações voltadas à sua internacionalização e indexação em renomadas bases indexadoras, bem como à ampliação de seu alcance e diálogo com a sociedade em geral. Dentre as iniciativas com tais objetivos, incluem-se a ampliação da tradução e publicação de artigos em inglês ou espanhol; a realização de edições especiais com temas de interesse global, em parceria com diferentes organizações; a publicação dos artigos aprovados na modalidade de fluxo contínuo, de forma a promover a celeridade do processo editorial; e a divulgação dos trabalhos aprovados ou de resumos de seu conteúdo em mídias sociais e outros veículos de comunicação.