ABERTURA COMERCIAL E SEGURANÇA ALIMENTAR NA CHINA: O PAPEL DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE PROTEÍNA ANIMAL
Palavras-chave:
Agronegócios, Carnes, Economia Política, Política Internacional, Relações InternacionaisResumo
A China tornou-se o país com o maior consumo de proteína animal do mundo. A oferta média de proteína animal saltou de 27,8 g/per capita/dia em 2001 para 39,6 g/per capita/dia em 2018, um aumento de aproximadamente 12 g/per capita/dia. Posto isso, objetivou-se analisar e demonstrar de que maneira as exportações brasileiras, a partir da gradativa abertura comercial chinesa, podem ter contribuído para a melhoria dos níveis de segurança alimentar do país asiático de 2001, ano da adesão da China à Organização Mundial do Comércio, até 2018. Nessa perspectiva, buscou-se especificamente identificar o papel das exportações brasileiras de proteínas animais no aumento do indicador de oferta média de proteína animal no país asiático. Na persecução de tais objetivos, usou-se como suporte metodológico modelos econométricos de correlação e regressão para verificar tal relação. De igual modo, utilizou-se o grau de abertura comercial para correlacionar a adequação média do suprimento de energia na dieta com a prevalência de desnutrição, ambos indicadores de segurança alimentar, para examinar a relação da abertura do mercado chinês com o aumento da segurança alimentar. Foi possível concluir através das análises que a produção brasileira tem relação direta com o aumento do suprimento de proteína animal da China. Verificou-se o aumento nos números exportados após maior abertura comercial da economia asiática, sobretudo, após a adesão à Organização Mundial do Comércio. Conclui-se que políticas de abertura de mercado podem auxiliar na consolidação de cadeias de produção e exportação de alimentos e aumentar a segurança alimentar de países importadores.