ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ETANOL DE 2004 A 2018: UMA ABORDAGEM DE CONSTANT MARKET SHARE
Palavras-chave:
Biocombustível, Bioeconomia, Constant Market ShareResumo
O comércio exterior tem se tornado cada vez mais importante para as economias dos países. Numa visão realista, pode-se considerar que há uma tendência de aumento da participação do Brasil no comércio internacional de produtos do agronegócio. Ao lado de outros grandes produtores mundiais de alimentos, o Brasil apresenta boas condições relativas para expandir sua base produtiva. O país é líder mundial na produção e exportação de açúcar e é o segundo na produção e exportação de etanol, depois dos Estados Unidos. A demanda global por biocombustíveis aumentou acentuadamente desde os anos 2000 devido ao aumento dos preços do petróleo e ao impacto dos combustíveis fósseis no meio ambiente. Nesse contexto, em termos de competitividade, a pergunta que se coloca é “Quão competitivo é o Brasil na produção de biocombustíveis”, considerando não só a capacidade do biocombustível ser um importante aliado na questão ambiental, mas também uma alternativa no mercado de derivados de petróleo. Com base nesse contexto, o objetivo deste artigo foi analisar o panorama da competitividade brasileira do biocombustível, destacando o desempenho das exportações, avaliando o efeito do comércio mundial, o efeito destino das exportações e o efeito competitividade no período de 2004 a 2018, usando o método de quota de mercado constante. Os principais resultados encontrados demonstram que o biocombustível brasileiro é competitivo devido ao aumento das exportações mundiais. Apesar da competitividade apresentada, o Brasil vem perdendo participação no mercado de combustíveis nos últimos anos.