UMA ESTRUTURA DE ABORDAGEM DA QUALIDADE DE QUEIJOS ARTESANAIS A PARTIR DA TEORIA DAS CONVENÇÕES
Palabras clave:
Alimentos Artesanais, Práticas de Qualidade, Agroindústria FamiliarResumen
O objetivo deste artigo é identificar práticas de qualidade utilizadas no processamento de queijos artesanais, alinhadas com os diferentes “mundos de legitimação” propostos na Teoria das Convenções. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e validação dos resultados com especialistas setoriais. Os resultados mostram que muitas dessas práticas de qualidade, são fruto da construção coletiva dos stakeholders desse setor, que através da interação social e acordos coletivos estabelecem critérios de análise a serem mobilizados em função de sua percepção do que é justo, confiável e adequado para caracterizar e valorizar cada categoria de produto ou sistema produtivo. Além disso, é possível verificar a importância de fatores extrínsecos de qualidade na caracterização dos queijos artesanais, como o estabelecimento de relações de confiança entre produtor e consumidor, responsabilidade social e ambiental e atributos ligados ao localismo. Os resultados obtidos são importantes para o poder público, podendo orientar a elaboração de políticas públicas para o setor, e para os produtores de queijos artesanais que podem definir suas estratégias de negócio, a partir das práticas de qualidade que adotam.